segunda-feira, abril 07, 2008

roma

O título chamar as coisas pelos nomes foi rejeitado. A galerista disse que não lhe soava bem a frase e perguntou-me "e que tal em inglês"? Eu estava precisamente a falar inglês na altura em que me ligou, primeiro dia como recepcionista num hostel, uma confusão de línguas, nomes, imagens, papéis - e respondi a tudo que sim. Sou poupada nos nãos que uso e tenho pena disso. Por momentos achei provinciano esse recurso à lingua inglesa. Como se a verdade não soasse bem só por ser dita na nossa língua. Então vá, bota-se a coisa noutro idioma que já não fica tão mal porque pouco passamos a sentir e tudo se torna mais fácil.
Deram-me português e é com ele que quero ser, embora possa estar com outras línguas. Em inglês nem sequer sabia como fazer esta distinção entre ser e estar, como se o " to be" me fosse servir para os dois.
Português não é piroso. Quero dizer "amo-te" em vez de "I love you", porque dentro de mim sinto amor, sim, amor, só amor, um amor imenso e love muito pouco.

2 comentários:

António A. Antunes disse...

que pobreza. eu tinha rejeitado-a.

Ana Oliveira disse...

A única palavra que me apetece sempre dizer em inglês quando estou a falar português é "improve". Gosto mesmo desta palavra, e às vezes dou por mim a dizer:"tens que improvisar isso", quando queria dizer melhorar, mas melhorar não soa tão bem. De resto...caramba...chama as coisas pelo seu nome e na sua língua! Tens que falar melhor com a galerista, com nãos incluídos e tudo, que também tenho muito poucos no meu dicionário, mas enfim...