terça-feira, julho 01, 2008

jeo

Tocaram dois seres à porta. Estava a trabalhar a tentar explicar o que era a torre dos clérigos a uma coreana que se ria com tudo o que eu dizia. Acho piada quando se riem assim, apetece-me rir por cima deles até ver quem é que se ri mais, até a palavra se desfazer em som e dialogarmos apenas através de gargalhadas mais ou menos explicativas. Ri-te Win Chu que eu rio-me contigo.
Entretanto pois, já tinham tocado. E estão lá fora dois homens que não podiam ser hóspedes. Têm óculos de sol escuros a fugir para o "moderno", camisas azuis e passadas de manhãzinha pelas mulheres. Desconfio que eram feios mas não lhes cheguei a ver os olhos, como é que se pode falar de Deus de olhos tapados.
- Você acha que há solução para a morte?
- Não sei o que você entende por solução, mas agora estou a trabalhar.
- Olhe, gostávamos que ficasse com isto.

Fechei a porta e olhei para o folheto enquanto esperava por mais uma risada, mas ela não estava lá. Abri aquilo por respeito às palavras e não a homens, li um bocadinho da teoria dos jeovás, demasiadas imagens pensei eu, acabei por ler a frase " cuide sempre da sua saúde espiritual enquanto aprende línguas estrangeiras" e fechei o livro orgulhosamente.

1 comentário:

Anónimo disse...

E orgulhosamente se viu que para além dos maravilhosos textos que tenho lido aqui, e que repito gostava de os ler um dia por numa sessão qualquer para quebrar a monotonia de textos sem sabor, temos uma telegenia que sim senhor. Foi bom rever-te, assim de fugida no pequeno ecrã de final de tarde, à hora do lanche, ou por aí. Só gente conhecida, o júlio foi meu prof há 13 anos no meu 9.º ano (e do vasco da ana).
Até à próxima...
Ps: boa iniciativa, já agora!!!