Não, não era verdade o que eu escrevi acerca das baratas. Afinal detesto-as Sara, odeio-as, não as percebo nem as aceito.
Hoje, logo hoje e eu exageradamente sensível às 3 da manhã com vontade uma tosta mista. E as baratas a devorarem-me o desejo do queijo antes que eu pudesse satisfazê-lo, sim, as baratas, foram comer a minha vontade antes que eu comesse fosse o que fosse. Pequenas, grandes, médias, terríveis, e eu a pensar se eram elas que me estavam a invadir a cozinha ou se era eu, nós, que invadíamos o mundo com prédios, fornos, máquinas, medos. Deixei a luz da cozinha acesa e vim para a cama escrever este texto preto, barato, repelente, mas que pelo menos sei que acaba aqui, que acaba quando quero e a colónia de insectos para quando será.
(abro a janela, acendo um cigarro e pergunto-me se as baratas terão medo da luz como algumas pessoas têm do escuro)
sexta-feira, junho 06, 2008
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2 comentários:
caramba, não estamos em sintonia!
primeiro dizes que não se deve matar porque é barato, respondo te com os meus saltos de nojo em cuecas no jardim, e dou dois passos atrás, pensando aprender contigo.
no camboja, a primeira sensação que tive depois do desembarque foi a de uma barata fofinha a fazer-me festinhas no pé de princesa, e atrevida a caminhar-me canela acima. pensei: não vou ser histérica só porque é barato.
em que ficamos?
faz como eu: deixa de fumar
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