quarta-feira, fevereiro 01, 2006

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"Lembro-me dele (eu não tenho o direito de pronunciar este verbo sagrado, só um homem na terra teve direito a ele e esse homem já morreu) com uma obscura flor de maracujá na mão, vendo-a como ninguém a viu, embora a fitasse desde o crepúsculo do dia até ao da noite, toda uma vida inteira. Lembro-me dele, de cara taciturna de feições índias, e singularmente distante por trás do cigarro. Lembro-me (creio eu) das suas mãos afiladas de entrançador."...

(in Funes ou a memória, jorge Luis Borges)

(sei q para ti não necessitava referir a fonte..mas achei melhor. Ando a ler, e lembro-me tanto de ti...um abraço da mais pequena)



1 comentário:

Anónimo disse...

claro que nao precisavas de referir nem quem escreveu o livro, nem quem deixou o post..a maior das pequenas, a pequena das maiores...e' bom receber as tuas surpresas, sabes como e' quando se esta longe - repara-se inevitavelmente quem e' que comunica connosco. Tu foste uma surpresa extraordinariamente boa sempre que estive fora...mas tambem quando estou em portugal. Quando chegar pego em ti e vamos conversar..