quarta-feira, janeiro 02, 2008

a culpa nem sequer é minha

Não percebo o que é que há entre mim e o meu carro. Não vibro com aquele gajo. Ligo-me a qualquer merdice, custa-me deitar a escova de dentes fora ao final de alguns meses de uso. Mas o meu polo, porra, o meu polo não me curte.
Para além de já ter tido dois mini acidentes (culpa dele claro), de ter atraído um gang de polícias na marginal, e de me dar vontade de fumar um maço de sg mentol cada vez que entro nele - hoje foi a vez de se por a fazer peões numa rotunda. Oh que canudo. Estava eu a contornar a anémona de matosinhos que está prestes a transformar-se num olho do cú gigante (a rede está decadente), e aquela coisa começa a derrapar. Senti-me naquelas chávenas gigantes da feira popular que dão voltas e mais voltas. Foram praí três. Quando o polo decide parar, ficou de cú virado para o mar. Que chic é o gajo. Reparei que por intervenção dos autocolantes de deuses indianos que me acompanham sempre nas janelas, não havia nem um carro na rotunda. Ninguém viu sequer. Era meio dia. Entretanto, com o embate, subi uma merda qualquer de granito - tipo separador de faixas - que me impedia de sair dali. Fiquei presa. Primeira e nada.
Aparece um homem com ar de tio da foz, um ser bondoso que reparou em mim. Ou um "tipo civilizadíssimo" como diriam algumas pessoas da minha família. E no meio daquela chuva imensa, depois daquelas voltas que pareceram nunca acontecer, o tio mete primeira e tira-me facilmente o carro dali. O gajo comigo queria era ficar de cú virado para o mar. Ai o traiçoeiro.

1 comentário:

Anónimo disse...

meri fico feliz por o teu polo ter esses autocolantes de deuses indianos colados a ele e q o impedem de cometer travessuras menos inofensivas ;) quanto aos palavroes com ou sem eles adoro ler-te sempre!!! nunca pares

beijo de quem te quer bem***

luzi

obrigada por me lembrares de por n'adois ontem a noite