quarta-feira, dezembro 13, 2006

quanto sabes, tanto vales

Ultimamente ando a colar com um livro de provérbios portugueses que roubei ao meu pai.
Este tipo de sabedoria popular, às vezes é surpreendente e emocionante, outras apenas irritante.

Ontem estava eu na rua do Almada a comprar umas lâmpadas e entra uma mulher a cheirar a peixe fresco e botinhas de borracha. Ficou lá uns 10 minutos a querer convencer toda a gente que as sapateiras dela eram melhores que as outras, que para nós eram só 7 euros, que para a próxima semana trazia um polbo marabilha ispanhole.
"Anda lá filha, compra-me os bichinhos".
Depois atendeu o telemovél e recebeu uma encomenda para o restaurante Garreti. Desconfio que este último I não faz parte do nome do restaurante. E lá foram as (agora alegres) botinhas de borracha carregando as (agora tristes) sapateiras.
Amo cada cantinho de cada loja de ferragens na Rua do Almada.

Mas agora é tempo de sabedoria...

Provérbios surpreendentes:
-Banana madura não se sustenta no cacho.
- Se queres ver teu marido morto, dá-lhe pepino em Agosto.
-Não te assustes que a pistola não tem fecho.
-Com arte e engano se vive metade do ano, com engano e arte a outra parte.
-Nem mesmo Deus pode por inteiros os ovos mexidos.
-É melhor ser porqueiro que porco.
- Depois do coito todo o animal fica triste, excepto a mulher e o galo.
-Ai Manel Manel, não tens abelhas e vendes mel.
-Se vês que o vinho te prejudica o trabalho, deixa de trabalhar.

Provérbios irritantes para o próximo post.
Espero pelos vossos também.


1 comentário:

Mesquita disse...

De coração simples, mas enorme.
Figura ao estilo de menina,
Guardando de um velho bêbado, conforme,
A distracção que a acompanhou de pequenina.

Passo a Passo vai seguindo sem cuidado.
Mas atenta às belezas da vida.
Recordando com amor cada Bocado,
Em que nas mãos de Deus fez sua guarida

Daqueles dias passados a beber
Para esquecer dias de ingénua criança,
Mas acompanhando com a certeza no viver

Numa voz do povo que ficou lembrança.
Que à menina e ao borracho
Deus mete a mão por baixo


em tempos escrevi ao menino mas acho que tambem dava para ti oh menina!